Rosane Maçaneiro

Direito Imobiliário

Teste de DNA é a ferramenta que pode transformar a vida de milhares de brasileiros que crescem sem o reconhecimento paterno. No Brasil, segundo o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), cerca de 5,5 milhões de crianças não possuem o nome do pai na certidão de nascimento.

Essa ausência de paternidade impacta não apenas a vida emocional dos filhos, mas também seus direitos legais e sociais. O reconhecimento tardio, muitas vezes realizado após um teste de DNA, pode garantir benefícios importantes para o filho reconhecido, independentemente da idade.

A ausência da figura paterna pode gerar impactos significativos na vida das crianças e adolescentes, como dificuldades financeiras, falta de amparo emocional e prejuízos no desenvolvimento social.

Além disso, o não reconhecimento pode impedir o acesso a direitos básicos, como pensão alimentícia, herança e até mesmo benefícios previdenciários.

Se um filho é reconhecido por meio de um teste de DNA após a maioridade, há algumas particularidades legais a serem observadas. No entanto, independentemente da idade, ele adquire direitos que garantem sua proteção e igualdade perante a lei.

A seguir, apresentamos os cinco principais direitos dos filhos reconhecidos tardiamente:

Teste de DNA: Direito ao Nome e à Filiação

O primeiro impacto do reconhecimento tardio é a inclusão do nome do pai na certidão de nascimento. Esse direito não apenas fortalece a identidade do filho, mas também garante a ele o reconhecimento jurídico da paternidade.

Com o teste de DNA, é possível solicitar a retificação do registro civil para que conste o nome do pai e dos avós paternos.

Teste de DNA: Direito à Pensão Alimentícia

O filho reconhecido tem direito à pensão alimentícia, mesmo que o reconhecimento ocorra tardiamente.

Entretanto, a Justiça brasileira determina que a pensão só pode ser exigida a partir do momento do reconhecimento e não de forma retroativa.

Caso o filho ainda seja menor de idade ou comprovadamente dependente financeiramente, o pai poderá ser obrigado a arcar com esse suporte.

Teste de DNA: Direito à Herança

Com a comprovação da paternidade por meio do teste de DNA, o filho reconhecido entra automaticamente na linha de sucessão do pai, tendo direito à herança, independentemente de ter sido criado por ele ou não.

A lei garante que todos os filhos, biológicos ou reconhecidos tardiamente, possuam os mesmos direitos sucessórios, evitando qualquer tipo de discriminação na divisão dos bens.

Teste de DNA: Direito ao Vínculo Familiar e Convivência

O reconhecimento tardio também assegura ao filho o direito à convivência familiar. Isso significa que ele pode reivindicar judicialmente o direito de criar laços com o pai e sua família paterna, incluindo avós, tios e meio-irmãos.

Esse direito é fundamental para fortalecer os laços afetivos e possibilitar uma reconstrução da história familiar.

Teste de DNA: Direito a Benefícios Previdenciários

Outro direito garantido pelo teste de DNA é o acesso a benefícios previdenciários, como pensão por morte e dependência para o INSS.

Se o pai vier a falecer, o filho reconhecido pode solicitar sua inclusão como dependente para fins previdenciários, desde que comprove o vínculo por meio do reconhecimento legal.

Conclusão

O teste de DNA é um instrumento essencial para garantir a igualdade de direitos entre filhos biológicos e filhos reconhecidos tardiamente.

Mesmo que o reconhecimento aconteça após a maioridade, os direitos do filho são protegidos pela legislação brasileira, assegurando a ele oportunidades e suporte legal.

Se você ou alguém que conhece está passando por esse processo, buscar orientação jurídica é fundamental para garantir todos os direitos previstos em lei.

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